Monday 19 May 2008

sangue

'Já a algum tempo que ele quer pintar as lembranças de um pôr-do-sol. Vermelho como sangue. Não, era realmente sangue coagulado. Mas ninguem o veria do mesmo jeito. Qualquer outra pessoa iria pensar em nuvens. Falar delas fazia com que ele ficasse triste e irrequieto. Triste porque os humildes meios disponìveis para a arte nunca eram suficientes.'

Christian Skredsvig sobre 'O grito' de Edvard Munch

Auto-retrato #2


sem título

Se te serve de consolo nunca quiseste dizer as coisas que lhe disseste na altura em que o fizeste.
Se te serve de consolo nunca fizeste as coisas que quiseste porque não pudeste.
Se te serve de consolo nunca estragaste nada porque nem sequer tocaste.
Esquece que fizeste e pudeste e tocaste.


Se te serve veste-o. Aperta-o. Fecha-o.
A tua pele um outro corpo.

Se te serve veste-o. Aperta-o. Fecha-o.

Se não te serve despe-o. Solta-o-o. Deixa-o.
A tua pele um outro corpo.
Se não te serve despe-o. Solta-o-o. Deixa-o.


Esquece que fizeste e pudeste e tocaste.

Auto-retrato



Edvard Much -Trøst 1894

Monday 5 May 2008

poema 2


poema

Colega chinesa, automata ao computador, de olhos e voz baixa, com passos curtos e acelerados de gueixa aproxima a mão da minha mesa e devolve-me em forma de conjunto de palavras e imagens com uma frase: Your portfolio is a poem. Sorri.

Thursday 1 May 2008

panejamento




Parthenon despido pelo British museum